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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Jaqueline Simão participa da 5ª edição da Marcha das Margaridas

Trabalhadoras do campo caminharam pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, onde finalizaram a Marcha: “Não é um abraço [no Congresso]. É um arrocho. Vamos arrochar esses cabras”, afirmou uma das coordenadoras. Entre as pautas do movimento, estão a defesa da reforma agrária, o fim da violência contra a mulher e o apoio à presidenta contra as tentativas de impeachment.

A 5ª edição da Marcha das Margaridas mobilizou trabalhadoras do campo de todas as regiões do país, que caminharam em um ato pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (12). O objetivo do protesto é chamar a atenção para a luta pela reforma agrária, soberania alimentar, igualdade de direitos e o fim da violência contra a mulher. Neste ano, a organização incluiu na pauta a defesa da democracia, rechaçando as tentativas de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Jaqueline Simão - Sindicalista 
A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Aratuba no Ceará, Jaqueline Simão, acredita  na conquista da garantia permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, sem comprometer outras necessidades essenciais; acesso à terra e valorização da agroecologia, uma educação que não discrimine as mulheres, o fim da violência sexista, o acesso à saúde, autonomia econômica, trabalho, renda, democracia e participação política. 

Aos gritos de “não vai ter golpe”, as manifestantes se reuniram em torno do Congresso Nacional ao fim da passeata. Do carro de som, um alerta: “Não é um abraço [no Congresso]. É um arrocho. Vamos arrochar esses cabras”. Maria Rita Fernandes, uma das lideranças do evento, afirmou que a ideia é expressar apoio a Dilma, diante das reiteradas ações da oposição para derrubá-la do posto.

“Eu acredito na capacidade política e na civilização do povo. Há 12 anos, a gente sofria muito, sequer tinha alimento. Viajamos 3, 4 mil quilômetros até aqui não por acaso. Foi para colocar nossos ideais”, disse em referência à época que o Brasil era comandado pelo governo tucano. De acordo com a organização, mais de 100 mil pessoas participaram do ato na capital.

Para a coordenadora-geral da Marcha, Alessandra Lunas, a atual crise política é fomentada por setores da imprensa que não têm compromisso com a democracia no país. Entre outras pautas, ela ressaltou a defesa do Estado laico, dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e a postura contra a redução da maioridade penal. Na programação, está prevista para a tarde a solenidade com a presidenta, que deve dar uma resposta às reivindicações entregues ao governo pelo movimento. “A Marcha não voltará de sacola vazia”, disse Lunas a respeito do encontro.

Histórico

A Marcha das Margaridas é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e outras onze entidades parceiras. O evento foi criado em homenagem a Margarida Maria Alves, assassinada em 1983 por um latifundiário que se sentia ameaçado pela luta constante da ativista. Ela era presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba, e morreu com um tiro de espingarda no dia 12 de agosto, aos 50 anos.

Redação Aratuba Online 
Com informações do Portal Forum