É possível alcançar bons rendimentos aplicando apenas R$ 100 por mês no Tesouro Direto ou em fundos de investimento em ações e renda fixa que alguns bancos e corretoras oferecem.
Muitos acham que só quem tem muito dinheiro pode investir. Não é verdade. Pequenas quantias aplicadas regularmente podem resultar em rendimentos significativos porque o tempo e a taxa de juros as fazem engordar e é assim que se faz patrimônio. Para isso, basta ter disciplina, pensar em prazos não inferiores a dois anos e fugir de armadilhas como os títulos de capitalização que os bancos costumam empurrar para os clientes. Especialistas ouvidos pelo O POVO afirmam que é possível ter bons lucros aplicando R$ 100, mensalmente, no Tesouro Direto ou em fundos de investimento em ações e renda fixa que algumas instituições financeiras oferecem.
Mas atenção. Antes de adquirir fundos é preciso avaliar as taxas e o imposto que se paga no resgate. A Caixa Econômica, por exemplo, tem fundos de investimentos e renda fixa com taxas de administração menores que 2%, consideradas bem razoáveis. Banco do Brasil, Bradesco e outros bancos também têm alguns produtos para aplicação de pequenas quantias. O importante é pesquisar, ter um pouco de paciência e estudar minimamente o produto que se quer comprar. Na linguagem bancária ler o prospecto e tirar as dúvidas.
"O mais importante é buscar informação", diz o analista da Pax Corretora Pedro Amaro, ressaltando que é preciso ter um pouco de conhecimento e orientação antes da compra fracionada de ações e de cotas de fundos de investimento. Os totalmente leigos e isolados podem acabar se frustrando. Também não precisa ser expert no assunto. Os analistas das corretoras têm qualificação e as informações necessárias para os iniciantes. Algumas dão até cursos.
POUPANÇA
Investir na poupança pode ser mais vantajoso quando a taxa básica de juros (Selic) estiver acima dos 9%. Mas num cenário de longo prazo os títulos públicos são excelentes alternativas de investimento.
Investir na poupança pode ser mais vantajoso quando a taxa básica de juros (Selic) estiver acima dos 9%. Mas num cenário de longo prazo os títulos públicos são excelentes alternativas de investimento.
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, com R$ 100, estamos falando de micro investidores. Explica que para esse grupo, se considerando aplicações de um ano, a melhor opção é a poupança. "Porém, há possibilidade de investir em títulos públicos por meio do tesouro direto a partir de R$ 30", completa, salientando que nos demais tipos de investimentos financeiros (ações e fundos de investimentos), em geral, o valor mínimo é acima de R$ 1.000. Uma ideia é juntar esse valor na velha caderneta de poupança e depois aplicar.
O assessor de investimentos da Ágora Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, Estevão Leite, destaca que os bons resultados não vêm da noite para o dia. Podem até podem ocorrer com a assessoria das corretoras. Explica que no caso do Tesouro Direto a rentabilidade só é garantida no vencimento do título. "Se negociar antes estará sujeito à lucro ou prejuízo", destaca. Pedro Amaro afirma os melhores títulos públicos são os pós-fixados atrelados às taxas de inflação e de juros (Selic) porque perseguem o que o mercado paga e o investidor acaba não ficando para trás.
O POVO ONLINE
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