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quarta-feira, 8 de maio de 2019

QUEBRANDO O SILÊNCIO: POVOS KARÃO DE ARATUBA

UM POVO EM BUSCA DA RECONSTRUÇÃO DE SUA HISTÓRIA, QUEBRAR O SILÊNCIO E RESISTIR É A PALAVRA DE ORDEM.

A quebra de silêncio divulgada ao público dos povos Karão Jaguaribaras, teve como início dia 30 de agosto de 2018, no primeiro encontro da resistência indígena na Unilab e mais uma vez a universidade abriu espaço para um povo que fazem parte da história brasileira, onde, desde o período colonial busca estabilizar seu bem estar social e procuram manter vivas suas raízes e suas culturas. Ali teve como seu primeiro apoio do movimento indígena os povos Pitaguarys que abraçaram o levantes deste povo ao mesmo tempo selaram aliança, batizando em uma fogueira duas de suas lideranças presentes no encontro representando seu povo, ali o povo Karão foi presenteado com três maracas sagradas benzidas pelas lideranças maiores do povo Pitaguary.


Os Kanindés também declararam apoio a este povo que inicia seu processo emergencial étnico, inclusive os mesmos realizaram a III CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE INDÍGENA KANINDÉ NA ALDEIA FEIJÃO, onde contou com a chegada dos seguintes participantes e com a presença das seguintes representações: GAVIÃO, PITAGUARY, POTIGUARA, TREMEMBÉ, JENIPAPO KANINDÉ, KARÃO JAGUARIBARA, TAPEBA, TABAJARA, KANINDÉ, ANACÉ, ASSENTAMENTO SANTA HELENA (MST), GEP-UNILAB, MOVIMENTO NEGRO-UNILAB, ADELCO, FUNAI, CDPDH, ESCOLA INDIGENA DE FERNANDES, COESI-UNILAB, COJICE FEPOINCE, APOINME, PREFEITURA DE ARATUBA, SESAI, AMICE, SAF.

Atualmente o Povo Karão Jaguaribaras do Estado do Ceará, possui seus núcleos em Aldeia Cabeça da Onça, hoje - Sitio Gonçalão - Aratuba CE, também com um núcleo principal localizado na Aldeia Feijão - divisa de município entre Aratuba e Canindé. Quanto à habitação destes povos, o assunto é amplo, pois tem todo um aparato histórico remetendo a territorialidade dos Jaguaribaras.

É de suma importância destacar esse tema resistência, pois é o que representa este povo como um povo de luta, habitante de uma sociedade como a que vivemos atualmente. Por adaptação a sobrevivência, a identidade indígena em diversos contextos foi modificada e até mesmo renunciada, por medo. Sem dúvida os principais aspectos marcantes para a descaracterização e sedimentação da cultura dos indígenas no Ceará, foi a sequência de invasão de suas terras, o grande massacre, a retirada de seus locais de pretensão para educa-los como europeus.

Fotos e Informações: Gleidison Karão