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sábado, 29 de agosto de 2015

MP intermedia fim da greve dos professores de Aratuba

A categoria conquistou reajuste salarial de 10%, reajuste da quilometragem para deslocamento, efetivação das leis de ampliação de carga horaria, unificação de matriculas e outros direitos.  

A pedido do SINDIARA o Ministério Público intermediou o fim da greve dos professores da rede municipal de ensino de Aratuba, que já durava 22 dias.

Em acordo assinado na última sexta-feira, 28, junto à Promotoria de Justiça da Comarca de Aratuba, o Poder Executivo assumiu o compromisso de reajustar o salário dos profissionais do magistério concursados no percentual de 10% (dez por cento), retroativo a 1º de abril de 2015, no TAC também consta que não haverá desconto dos dias de paralisação da greve e a Secretaria de Educação elaborará cronograma de reposição dos dias parados. 
  

De acordo com o termo, não haverá aula aos sábados e em caso de eventual descumprimento do TAC, o município pagará mensalmente dez por cento do salário de cada profissional prejudicado, a título de multa, a ser revertido em benefício do próprio prejudicado.

O Município de Aratuba se comprometeu, ainda, em reajustar o valor do deslocamento dos professores para R$ 0,79 a partir de 1º de setembro de 2015, e não promover qualquer ato administrativo tendente a penalizar os servidores participantes do movimento paredista.

O termo de acordo foi assinado pela Promotora de Justiça Isabel Cristina Mesquita Guerra, pelo Secretário Municipal de Educação, Francisco de Paula Barroso Gomes, pelo Procurador do Município, Wilker Macedo Lima, pelo Advogado do SINDIARA, Pedro Diógenes Lima Cavalcante, e pelo Presidente do SINDIARA, Joerly Rodrigues Victor.

Foram dias de lutas, enfrentamento de uma nova realidade no município de Aratuba, onde educadores tiveram que sair da sala de aula e ganharem as ruas em busca de seus direitos, foram até a Vice-Governadora do Estado, ganharam o apoio irrestrito de dezenas de Deputados, conquistaram os pais e alunos que se juntaram a eles neste momento tão delicado na história educacional de Aratuba.

O apoio da Câmara de Vereadores foi de fundamental importância para a categoria pudesse alcançar seus objetivos, o Presidente Neto do Pai João juntamente com os demais parlamentares assumiram pessoalmente o desafio de legislar a favor da causa, garantindo ao povo de Aratuba, educação como direito inalienável de todas as crianças, jovens e adultos, universalizando o acesso e a permanência com efetiva aprendizagem na escola.

Na assembleia realizada pela categoria para oficializar o fim da greve, os educadores se emocionaram e demonstram a imensa alegria por voltarem a sala de aula e reencontrar seus alunos e colegas de trabalho.

O jovem sindicalista Joerly Victor ficou conhecido pela coragem de enfrentar juntamente com os educadores o primeiro ato de greve da história de Aratuba, ele enfrentou críticas, mas não desistiu de motivar e lutar pelo que acredita ser o correto. Foi um longa jornada, passamos por momentos difíceis, nada foi fácil, teve uma hora que eu estava quase sem forças, mas olhei em minha volta e lembrei das dezenas de educadores que precisavam do nosso apoio e entusiasmo, daí minhas forças se renovaram, fomos a procura de apoios. Depois das estratégias e diversos atos o diálogo com a administração foi possível novamente, os Deputados e a Câmara de Vereadores, assumiram um papel fundamental nesta luta, e o Ministério Público interviu para assegurar que a lei fosse cumprida, não posso esquecer a importância dos pais, alunos e do povo de Aratuba que se uniram a nós nesta luta”, disse Joerly. 

Com informações do SINDIARA