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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

RAIO X: O CARNAVAL – A FESTA QUE PASSA E AS MÁSCARAS QUE FICAM - PARTE II


Hoje a adoração não é mais a Saturno, Dionísio ou Baco e, sim, ao deus Momo com toda sorte de sensualidade, imoralidades e bebedeira como na antiguidade. A antiga quadrinha carioca já dizia: "E viva o Zé Pereira / Pois que ninguém faz mal / Viva a bebedeira / Nos dias de carnaval". Com o carnaval vieram às máscaras, introduzidas pelos franceses. No Brasil apareceram em 1834, inicialmente confeccionadas com cera e papelão e hoje é claro, são cheias de requintes e glamour. Após o carnaval as máscaras e fantasias são deixadas de lado, algumas para serem usadas no ano seguinte. Mas há uma máscara que não sai – a hipocrisia daqueles que pregam o que não vivem passando a impressão que são pessoas preocupadas com o bem estar social e espiritual do mundo. No fim da festa tiram a máscara visível e continuam com a invisível. E ela ficará ai por um bom tempo. Em alguns momentos do ano como Páscoa e Natal a máscara é tão perfeita e se encaixa tão bem que ninguém saberá distinguir a máscara da pessoa. Em nossos dias há um farisaísmo sem precedentes. Pessoas que falam contra a prostituição, o adultério, o alcoolismo e a violência o fazem ante os holofotes da mídia, mas por trás das cortinas, sem as máscaras do espetáculo, praticam tudo isso e sem nenhum peso de consciência. Conheço uma pessoa rejeitada por todos nós que era assim. Em público ele fazia discursos de paz, insistia na conduta correta e era contra palavrões e piadas indecentes; mas em secreto ele apreciava a pornografia e levou o mundo para a guerra. Seu nome era Adolfo Hitler. E por que as pessoas agem com tanto fingimento e simulação? Por uma simples razão: nós seres humanos preocupamo-nos com o que os outros pensam sobre nós e não com o que Deus sabe de nós. Mas no fim é Deus quem nos julgará e não as pessoas. 
Quantos brasileiros ano passado usaram a máscara de Guy Fawkes, o justiceiro do filme V de Vingança em protestos a corrupção no Brasil. Mas todo dia cometemos corrupções desde mentiras até compras não pagas. O engano tornou-se a regra e a honestidade à exceção. Usamos máscaras que tentam esconder-nos de nós mesmos, do nosso próximo e de Deus. Nossas autoridades constituídas, vereadores, prefeitos, deputados e outros prometem cumprir a Constituição, mas sequer cumprem outros compromissos do dia-a-dia. Os homens que aprovam leis não cumprem a Lei apesar de discursos eloqüentes a favor dela. Línguas de ouro e os pés de barro. O escritor Fernando Pessoa olhou sua vida e conclui corajosamente: “Vivi, estudei, amei e até cri. E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu... Fiz de mim o que não soube. E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara. Estava pegada à cara.” O carnaval se foi, máscaras e fantasias também, mas a hipocrisia e fingimento daqueles que não se arrependem do que fazem continua porque a máscara pegou à cara tornando a vida normal e terrivelmente simulada. E nesse caso tirar a máscara significa nova vida e somente Cristo faz isso.

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ggalves1@hotmail.com Cel. (085)96638929

Referências Bibliográficas
<> http://veja.abril.com.br/. Acesso em 09/02/12
<>http://aochiadobrasileiro.webs.com/AgradecimentosHistoriasEtc/HistoriadoCarnaval/historiadocarnaval.htm.   Acesso em 09/02/12
<>http://artes.com/carnaval/historia.html. Acesso em 09/02/12
<>http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/carnaval.htm. Acesso em 09/02/12
<>http://www.canaldagraca.com/artigo_57.htm.  Acesso em 09/02/12
<>http://www.institutoajudar.com.br/?p=1014. Acesso em 09/02/12
<>http://www.suapesquisa.com/carnaval/. Acesso em 09/02/12
CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário do Folclore Brasileiro. Editora Global, 2000
GONDIM, Ricardo. Orgulho de SerEvangélico. Editora Ultimato, 2000
LUTZER, Erwin. A Cruz de Hitler. Editora Vida, 1995