Com o topônimo
Aratuba originou-se os gentílicos aratubense e aratubano aos habitantes.
Gramaticalmente tanto um como o outro são corretos, mas a predominância é o
aratubense como se constata numa simples consulta a um glossário. O Dicionário
Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, por exemplo, diz: “aratubense adjetivo e substantivo de dois gêneros relativo a Aratuba
CE ou o que é seu natural ou habitante”. Mas alguns órgãos governamentais
registram o gentílico aratubano como acontece nos sites da Aprece e IBGE. E até
em documentos antigos como o do Congresso Eucarístico de 1945 aparece às
expressões: “povo aratubano” e “família aratubana”. No entanto apesar de
aratubense e aratubano serem linguisticamente corretos, tem-se a preferência
pelo primeiro e a rejeição histórica do segundo. Isso porque em Aratuba por
muito tempo rejeitou-se terminantemente o aratubano por questões culturais que
sobrepujam o aspecto gramatical. É uma antiga história que envolve as pessoas
do sexo masculino por acreditarem que aratubano negava a masculinidade. Por
isso ainda hoje, com menos intensidade, é comum alguns homens, afirmarem que são
aratubenses e não aratubanos. E essa rejeição cultural já resultou em brigas e
confusões nos bares e botecos da localidade e conta-se até que um cidadão
aratubense terminou seu noivado porque sua noiva o chamou de aratubano. Como
sabemos Aratuba é uma palavra indianista com vários significados. Infelizmente
divulga-se apenas um deles, cujo sentido é “abundância de pássaros”, ou
“ajuntamento de pássaros”, da língua tupi e tal significado atualmente se
mistura com a política local devido os partidos políticos se identificarem com
pássaros como Pavão, Bem-Te-Vi, Andorinha e o mais recente Beija-Flor.