AS ELEIÇÕES DE 2020 NÃO TERÃO, PELA PRIMEIRA VEZ, COLIGAÇÕES ENTRE OS PARTIDOS QUE DISPUTARÃO VAGAS NAS CÂMARAS MUNICIPAIS.

Diferente dos pleitos passados, as eleições de 2020 não terão alianças proporcionais, ou seja, união de várias siglas para garantir o máximo de vagas no Legislativo. Pelas novas regras, serão eleitos, os candidatos a vereador com mais votos. Até as eleições de 2016, os partidos poderiam se coligar e eleger um maior número de representantes ao Legislativo.
O tema começa a gerar polêmica e o Jornal Alerta Geral antecipou, nesta quinta-feira (6), com a advogada Priscila Brito, especialista em Direito Eleitoral, a análise sobre um dos assuntos que mais tiram hoje o sono dos vereadores e dos possíveis candidatos ao Legislativo nas cidades do Interior do Estado e da Grande Fortaleza.
Priscila define o assunto como inquietando todos os vereadores das cidades brasileiras. “Na prática, as chapas que antes eram formadas por candidatos de vários partidos diferentes, passam agora a ser formadas apenas por candidatos da mesma agremiação partidária, e assim serão eleitos os candidatos mais votados de cada partido e não mais de cada coligações”, expôs Priscila.
Para ficar ainda mais fácil de entender… não haverá mais, por exemplo, coligações entre PT e PMDB, as chapas serão puras, formadas por filiados apenas de um único partido, o que significa, por exemplo, que o tempo de propaganda eleitoral será menor para os candidatos em 2020 – acrescentou a especialista em Direito Eleitoral.
Priscila, em seu comentário no Jornal Alerta Geral, destaca que, além do partido precisar atingir o quociente eleitoral, os candidatos que disputam uma vaga no Legislativo precisam alcançar um desempenho mínimo de 10% dos votos do quociente eleitoral. “Ou seja, acabou aquela história de vereador sendo eleito sem votos”, observa.
A advogada Priscila Brito disse, ainda, que a justificativa dada pelo Congresso Nacional para todas as alterações nas normas das eleições basicamente foi para extinguir os chamados partidos de aluguel, bem como os candidatos “puxadores de voto” – aquele problema popularmente conhecido como “efeito tiririca”.
Com o fim das coligações proporcionais (Legislativo), a advogada chama atenção para outra nuance no pleito municipal que se avizinha: “sequer a medida foi executada, e vejam só, já existe a especulação de que os tais puxadores de votos não deixarão de existir” – analisou Priscila, que ainda pontuou que esses candidatos serão candidatos a prefeito.
Passarão a ser os candidatos a prefeito, que, por sua vez, não foram atingidos com a proibição das coligações e, portanto, ainda poderão contar com um tempo de propaganda expressivo e assim usar sua imagem e tempo de TV e Rádio para puxar votos para os candidatos a vereador de seu partido – finalizou.
Fonte: CEARÁ AGORA
Fonte: CEARÁ AGORA