Ao som de marchinhas de carnaval, os trabalhadores saem às ruas cobrando o pagamento dos seus salários.
O município de Aratuba tentou mais uma vez desestabilizar o movimento grevista dos servidores da educação que recebem pela cota do Fundeb (40%), ao pedir no Tribunal de Justiça a ilegalidade do movimento paredista que se iniciou em dezembro de 2015 motivado por atraso salarial. A administração do prefeito Ivan Neto (PDT) alegou que o Sindicato não realizou controle na votação para deflagração do ato e manteve o percentual mínimo de servidores nas escolas, causando prejuízo a continuidade dos serviços educacionais. O presidente do Sindiara Joerly Vítor afirma que todos os procedimentos legais conforme a Lei da greve 7.783/89 foi e continua sendo seguido pelo sindicato. “O que é ilegal é o prefeito não pagar dois meses de salário aos servidores querendo que os mesmos continuem trabalhando e ainda reprimir um movimento democrático como este”, pontuou.
O município ainda pediu a antecipação de tutela para que o sindicato cessasse imediatamente o movimento, fosse permitido o desconto no ponto de trabalho dos grevistas e declarada a ilegalidade da greve. A desembargadora Dra. Lira Ramos responsável pelo procedimento, não vislumbrou no movimento grevista atos de ilegalidade, nem tão pouco motivos para cessar a reivindicação, foi solicitado ao Sindicato que mantivesse o percentual mínimo de 30% (trinta por cento) dos servidores de nível básico e médio em cada escola municipal. A promotora de justiça da comarca de Aratuba Camila Frota, enviou ofício ao prefeito municipal cobrando explicações e uma data para pagamento dos salários em atraso dos servidores grevistas no prazo de 10 dias.
Ao som de marchas de carnaval, os servidores saíram às ruas para cobrar o pagamento dos salários d os servidores do Fundeb (40%) referente aos meses de novembro e dezembro de 2015. O porta-voz da prefeitura usou a rádio local para afirmar que o mês de novembro foi pago, mas o Sindiara e os servidores desmentem o comunicador, pois dezenas de funcionários não receberam o mês de novembro. A categoria estar firme, e reafirmaram mais uma vez na assembleia de hoje, só retornar as funções em sua totalidade quando for pago todos os servidores. “A gestão tem que entender que os servidores acreditam no seu sindicato e estão todos unidos na causa, aqui é um por todos, e todos por um”, disse o vice-presidente Bernardo.
“Nosso movimento a cada dia que passa vai dando resultados positivos. O pedido frustrado da administração [povo feliz] em querer coibir os servidores, não deu certo. Foi feita a justiça divina e dos homens. Se pagou o mês de janeiro, porque não pode cortar o ponto, a nossa greve é legal, vai ter que pagar até o fim do movimento. Se pagou o mês de novembro de alguns trabalhadores foi porque a justiça ficou do lado do servidor. A promotoria pediu explicações ao prefeito, ou seja, tudo caminha a favor de nós grevistas, quando mais tempo demorar, pior será. Nós queremos que isso tudo se resolva o mais rápido possível. Nosso movimento tem dado e dará o resultado esperado”, finalizou o presidente Joerly.
Fonte: SINDIARA