Especialistas dão dicas de como não gastar mais do que
se deve e driblar as maquiagens de preços no Brasil.

No Brasil, o primeiro ano em que o varejo apostou na
data foi em 2010, onde o comércio
eletrônico conseguiu
números expressivos. No Ceará, a data foi aproveitada pela rede de lojas de
tecnologia cearense Cecomil, sendo a primeira loja física do Brasil a apostar
no formato de promoções em data única e com
estoque limitado.
Em
2014, o varejo eletrônico espera faturar cerca de R$ 1 bilhão com a “Sexta-Feira
Negra”, superando a edição de 2013. Segundo levantamento da
Braspag, empresa de meios de pagamento online, são esperadas mais de 900 mil
transações financeiras na internet durante a promoção.
Já segundo pesquisa do site Zoom, 66,5% dos
consumidores pretendem realizar suas compras no tão aguardado dia via o varejo
online brasileiro, com uma projeção de vendas para a data de R$ 1,2 bilhão, que
representa um crescimento de 56% relativo ao ano de 2013. Na contramão, apenas
1,5% dos brasileiros pretendem realizar suas compras apenas em lojas físicas.
Para Marcelo
Murin, especialista em marketing e sócio-fundador da Officina
di Trade, no Brasil, a credibilidade da ação de vendas não tem
sido das melhores. “Tanto físico quanto virtual, a percepção dos consumidores
brasileiros é de que os preços são majorados pelo varejo antes de anunciarem as
promoções e descontos no dia da Black Friday. Desta forma, já ficou famosa a
frase: ‘tudo pela metade do dobro’”.
Além dos preços com um aumento, há também produtos
anunciados sem estoque e dificuldade em devolução/troca de produtos estão entre
os assuntos mais comentados quando o assunto é Black
Friday no Brasil. É
importante, então, estar atento nos preços dos produtos já há algum tempo, para
que não seja enganado e tenha a falsa sensação de estar economizando. Se
realmente houver uma redução, essa será uma ótima chance para quem já sabe o
que quer comprar para o Natal, por exemplo. Só não pode deixar que os impulsos
das promoções se transformem em endividamento.
“Comprar adequadamente e com bons descontos é um dos
principais segredos da educação financeira e da arte de poupar. Mas não
recomendo que comprem coisas que não estejam dentro de seu planejamento, pois,
normalmente são nos impulsos das promoções e do consumismo descontrolados que
as pessoas se endividam”, alerta o educador
financeiro Reinaldo Domingos, autor das
obras Livre-se das Dívidas e Terapia Financeira.
São
as famosas ‘armadilhas’ ou ‘fraudes’, e para evitá-las, o educador financeiro
lista os cuidados que você pode ter para não ter problemas com suas compras em
2014:
1) Antecipação: se
antecipe à Black Friday, pesquisando os preços dos produtos que deseja comprar
para ver se os descontos que darão realmente são interessantes.
2) Lista: faça
uma lista detalhada de tudo que pretende comprar e quem deseja presentear e
quanto pretende gastar com cada um.
3) Endividamento: não
compre se para isso precisar se endividar. Parcelamento também é uma forma de
dívida. Se for inevitável, tenha certeza de que cabe no orçamento.
4) Natal: se
estiver em situação financeira problemática, e quiser adiantar as compras de
Natal, uma dica é priorizar as crianças. Será mais fácil explicar para os
adultos o jovens o motivo de não receberem presentes.
5) Pesquisa: utilize
a internet como meio de pesquisa, mas cuidado, só acesse e compre em sites
confiáveis, crimes digitais são cada vez mais comuns.
6) Preparação: se
prepare para ir as compras nas lojas com tempo e roupas confortáveis, além
disso é importante uma dose extra de paciência, evitando que se compre
rapidamente para acabar com o martírio.
7) Decon: caso
tenha problema com as compras, procure o órgão de defesa do consumidor para
formalizar a reclamação. Por meio do site do Decon ou pelo telefone da
fiscalização (85) 3452.4505. Após a denúncia, a empresa será notificada para se
pronunciar no Processo Administrativo, caso conste irregularidade, poderá ser
multada e autuada. Essa multa varia de 200 a 3 mil de Ufirce (aproximadamente
de R$ 600 a R$ 9 mil).
VIA TC.