O LÍDER INDÍGINA REPRESENTARÁ SEUS PARENTES DA ALDEIA KANINDÉ JUNTAMENTE COM A DELEGAÇÃO DO CEARÁ.
A partir desta segunda-feira
(14), o futuro da saúde indígena será discutido durante a 6ª Conferência
Nacional de Saúde Indígena (6ª CNSI). O evento, que acontece no Centro
Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF), terá uma
programação extensa. São cinco dias de trabalho das 8h às 22h, com mais de 1,7
mil participantes representantes dos povos originários em todo o Brasil. Desses,
há mais de 1,3 mil delegados eleitos nos territórios indígenas de todo o
Brasil.
A 6ª CNSI é o resultado
final de um longo trabalho que começou com 302 conferências locais e 34
distritais, realizadas entre outubro e dezembro de 2018. Das conferências distritais
saíram 2.380 propostas consolidadas em 252 proposições a serem analisadas nesta
etapa nacional divididas entre sete eixos temáticos: a articulação dos Sistemas
Tradicionais Indígenas de Saúde; criação do Modelo de Atenção e Organização dos
Serviços de Saúde; Recursos Humanos e Gestão de Pessoal em Contexto
Intercultural; Infraestrutura e Saneamento; Financiamento; Determinantes da
Saúde; Controle Social e Gestão Participativa.
A 6ª CNSI terá início com um
grande desafio: atualizar a Política Nacional de Saúde Indígena (Pnaspi), que
irá redefinir as diretrizes e efetivar as particularidades étnicas e culturais
no modelo de atenção à saúde dos povos indígenas dos próximos anos no Brasil.
Tudo isso decidido com o voto direto dos delegados das aldeias e comunidades
indígenas.
“Nossos parentes precisam ser respeitados e ouvidos, juntos temos mais forças”, diz Victero.