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quarta-feira, 24 de julho de 2019

ARATUBA: LEI MUNICIPAL FAZ JUSTIÇA HISTÓRICA AO NOME DE MESTRE ZOZA

ERRO ORTOGRÁFICO DA LEI MUNICIPAL Nº 182/2002, QUE DESVINCULA OFICIALMENTE O CONTEXTO HISTÓRICO VIVIDO E PROTAGONIZADO PELO ENTÃO MESTRE ZOZA.

Um erro de grafia no nome de uma rua em Aratuba fez com que os vereadores Guinha, Aurino Pinheiro e Val do Cimar, enviasse a prefeitura um Projeto de Lei Indicação aprovado pelo Plenário da Câmara Municipal, alterando a denominação da Rua JOZA CORREIA, para RUA MESTRE ZOZA, modificando o Artigo 1º da Lei Municipal 182/2002.

Justificando a propositura, os parlamentares afirmaram que sua indicação tem por finalidade por objeto para a correção de erro material (erro de digitação) e cultural, constante do artigo 1º da Lei Municipal 182/2002 de 06 de junho de 2002.

Em artigo assinado pelo historiador Gildo Gomes, publicado na Revista Eletrônica Aratuba Online em 30 de julho de 2012 é citado o erro ortográfico da Lei Municipal nº 182/2002, que desvincula oficialmente o contexto histórico vivido e protagonizado pelo então MESTRE ZOZA a referida lei.

“Josa Correia” não existe de fato e de direito na história de Aratuba, verdadeiro nome do ícone aratubense é José ZOZA CORREIA SOBRINHO. Ele nasceu em 19 de outubro de 1923, no sitio Coco a uns 3 km da cidade de Aratuba na época Vila Coité e ficou conhecido como Mestre Zoza, sem nunca ter frequentado a escola. Sua inteligência é prodigiosamente precoce, ainda criança já fazia casas e igrejas de barro. Sua habilidade diferenciada dos demais membros da família intrigava seu pai. O sr. Antônio Correia, um agricultor, não entendia porque seu filho não se aplicava a agricultura, afinal era o único referencial de trabalho existente no seio familiar.

E não foi somente no conserto de motores de engenhos ou construção de casas de farinha que Mestre Zoza notabilizou-se.  Zoza recebeu o epíteto de Mestre devido suas façanhas nas áreas da mecânica (conserto de carros e motores); marceneiro (construção de violinos e rabecas); carpinteiro (montagem de linhas e vigas de casas e engenhos); arte (bonecos, presepadas e anedotas); música (tocava violino, rabeca e sanfona); e arquitetura ( participou na construção da Igreja São Francisco de Paula, dos prédios dos Correios e da Secretaria de Educação e do antigo calçamento da Praça Adolfo Lima). Dentre as engenharias zozianas, uma deixa-nos boquiabertos. Quem olha para a Igreja Matriz e ver o telhado das torres ou pelo menos no formato de telhas numa forma vertical e piramidal pergunta por que elas não caem. Uma genialidade dos famosos mestres Aristides e Zoza.

A prefeita Maria Auxiliadora Lima Batista, devolveu a preposição ao legislativo em forma de PL, que após a devida tramitação aprovou por unanimidade dos presentes, transformando-se em na LEI MUNICIPAL 582/2019.