Representantes da Aldeia Kandidé de Aratuba participaram da feira.
Foto de Alex Mendes |
O que há de mais valioso em seu povo é a cultura. Riqueza que o Ceará tem de sobra com suas identidades e singularidades étnicas. A reafirmação das identidades indígenas do Ceará se dá por meio da valorização de suas manifestações artísticas mais diversas. O artesanato é uma das que mais nos aproxima e une. As etnias indígenas Pitaguary, Tapeba, Canindé e Jenipapo-Kanindé realizaram no último domingo, 26 de julho, a feira do projeto "Raízes Indígenas", no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza.
Diferentes tipologias de artesanato, através do barro, sementes, coco, palha e madeiras, todas encontradas nos próprios ambientes das comunidades, foram produzidas, expostas e vendidas por dezenas de jovens das quatro comunidades indígenas envolvidas. "É a expressão do nosso povo por meio da arte. Nosso objetivo é dar visibilidade a esses trabalhos desenvolvidos pela juventude indígena do Ceará", afirma Weibe Tapeba, coordenador do projeto, feito em parceria com o Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH).
A feira é foi a culminância de oficinas realizadas pelos mestres dos saberes nas comunidades com a juventude, para confecção das peças artesanais. Mais de 200 jovens de quatro etnias indígenas participam do projeto. Estarão à venda desde acessórios (colares, brincos e pulseiras) feitos com sementes a esculturas em barro, coco e madeira. O projeto "Raízes Indígenas" tem o patrocínio da Petrobras, com apoio do Centro de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos da Arquidiocese de Fortaleza (CDPDH).