Mônica Costa é neta do Sr. Chico Isaías da Baixa Grande.
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Mônica e Heleni |
Mônica Costa é um exemplo vivo de superação dos obstáculos de
uma realidade vivida por milhões de brasileiros, uma guerreira de origem simples,
ela não se entregou as dificuldades pelo contrário fez de cada obstáculo enfrentado
um degrau para seu sucesso.
Filha da aratubense Heleni Batista e neta de seu Chico Isaías da Baixa Grande, ela já passou em três vestibulares, se formou em pedagogia,
passou em seis concursos públicos e atualmente cura Direito na Universidade
Federal do Pará (UFPA).
Recentemente Mônica emocionou centenas de internautas com o
desabafo e resumo de sua história de vida posta nas redes sócias.
LEIA NA INTEGRA A POSTAGEM DE MÔNICA COSTA
Eu já passei em três vestibulares na minha vida: Ufpa, Uepa e
Ufpa de novo, me formei em Pedagogia na Uepa e agora estou cursando Direito na
Ufpa. Passei em 6 concursos: PM, assistente administrativo Marituba, professora
ed. Infantil Castanhal, Acará, Semec para orientadora (nesse me chamaram antes
de me formar) públicos, mas continuo como assistente administrativo numa escola
do Estado ou seja funcionária da Seduc. Alguém que olhe pode dizer "nossa
que maravilhoso" e eu concordo. Mas o que acho triste é alguém pensar que somos submetidos a uma
disputa igualitária. Estudei em escola pública a vida inteira, por um esforço
"sobre-humano" da minha mãe Heleni
Batista e do meu tio Delton Nascimento, em ir todos os dias me levar e buscar de
bicicleta na escola e nunca me deixarem sem comida ou sem roupa, moramos
alugado durante anos, num quartinho, depois numa casa, até termos a nossa. Aos
10 anos eu fazia pesquisa na biblioteca da Unama na Alcindo Cacela e na Uepa da
João Paulo ll, ia sozinha, copiava porque dinheiro para xérox era escasso.
Nunca recebi bolsa família, mas teria ajudado muito, o governo do PSDB
sempre foi uma lástima. Ano passado me formei em Pedagogia e fiz Enem para
tentar Direito na Ufpa, não fiz cursinho, mas Deus me ajudou e passei ...
Pretendo ser juíza, se Deus quiser.
A minha história, que ainda não acabou, não é a regra, é a exceção.
Milhares de crianças que estudaram na rede pública na mesma época que eu, não
chegaram à Universidade Pública e não porque foram ou sejam vagabundos, mas
porque a concorrência é muito desleal. O que os ricos não entendem é que pobre
não quer montar em suas costas, quer apenas poder disputar igualmente. Chorando
eu digo, a minha realidade não é a regra... é a exceção. Minha família é da
roça, meus avós, meus pais... eles são tudo, menos vagabundos, mas com certeza
a exploração de suas forças de trabalho deve ter enriquecido alguém...eles não.
Mônica mora em Santa Maria do Belém do Pará.
Mônica mora em Santa Maria do Belém do Pará.