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domingo, 8 de maio de 2016

Dona Albertina na 140ª Edição do Destaque de Domingo

Albertina nasceu em Mulungu, mas grande parte de sua vida foi vivida em Aratuba, portanto, já se considera uma aratubense. Gosta muito dessa terra que lhe acolheu, terra natal de seu esposo, Onildo Lima, já falecido.

Em muito tem contribuído para o engrandecimento dessa terra, já foi presidente da Sociedade Hospitalar Padre Dionísio - Aratuba, coordenou por muito tempo grupos de mães, projetos da extinta LBA e liderava grupos de senhoras nas festas do padroeiro da cidade, contribuía com trabalho nos momentos fortes da igreja e sempre demonstrou ser uma católica autêntica, servindo de exemplo para muita gente. 

Por mais de sessenta anos ministrou o catecismo para crianças da Cana-Brava, Fernandes, Mussu, Manuel Pinto, Aratuba e sertões próximos. Ela e seu esposo Onildo foram sempre exemplos de dignidade, honestidade e sinceridade. Muitas pessoas buscaram conselhos e orientações desse casal, reconhecendo neles, a experiência, o equilíbrio e a sabedoria. Albertina considerada mãe dos pobres, nas grandes secas, dividia o pouco que tinha e o que o pequeno sítio Cana-Brava produzia, com os necessitados.

Ninguém saia da casa de dona Albertina sem comer ou beber algo, e ainda levava um pouco e como por milagre, lá nunca faltou o que comer. Cana-Brava sempre foi abrigo de velhos, doentes, andarilhos, loucos, e também ponto de parada de comboieiros vindo sertão do Canindé.

Ali todos que chegavam eram alimentados e encontravam abrigo. Quando Aratuba ainda não dispunha de sistema de saúde, os pobres se socorriam dela, que conseguia amostra grátis de remédio em Fortaleza e com a sabedoria divina e muita experiência passava remédios que curava muita gente. Certa vez um rapaz à procurou com um corte profundo no braço, ela lhe falou que não poderia fazer nada, pois precisava leva muitos pontos e somente um médico poderia fazer. O rapaz desesperado disse, então eu vou morrer, não tenho condição de ir até um médico. Ela vendo o desespero do rapaz, pediu ao jovem para aguardar, resolveu então aplicar os conhecimentos lidos em um livro. Pegou um esparadrapo pregou em um dos lados do corte, depois do outro, em seguida costurou com uma agulha e linha de um esparadrapo para o outro fechado o corte. Dias depois o jovem retornou com o corte totalmente cicatrizado.

Na sua humildade ela em nada se enaltece, pelo contrário se lamenta em não ter podido ajudar mais aqueles que tanto precisavam dela. Por isso e muito mais dessa eterna mãe dos pobres ainda não revelado, podemos dizer que ALBERTINA LIMA FARIAS representa com muita propriedade Aratuba.