O
Brasil precisa de outras Albertinas.
Albertina nasceu em Mulungu,
mas grande parte de sua vida foi vivida em Aratuba, portanto, já se considera
uma aratubense. Gosta muito dessa terra que lhe acolheu, terra natal de seu
esposo, Onildo Lima, já
falecido.
Em muito tem contribuído para o engrandecimento dessa terra,
já foi presidente da Sociedade Hospitalar
Padre Dionísio - Aratuba, coordenou por
muito tempo grupos de mães, projetos da extinta LBA e liderava grupos de
senhoras nas festas do padroeiro da cidade, contribuía com trabalho nos
momentos fortes da igreja e sempre demonstrou ser uma católica autêntica, servindo de exemplo para
muita gente.
Por mais de sessenta anos ministrou o catecismo para crianças
da Cana-Brava, Fernandes, Mussu, Manuel Pinto, Aratuba e sertões próximos. Ela e seu esposo
Onildo foram sempre exemplos de dignidade, honestidade e sinceridade. Muitas
pessoas buscaram conselhos e orientações desse casal, reconhecendo neles, a
experiência, o equilíbrio e a sabedoria. Albertina considerada mãe dos pobres,
nas grandes secas, dividia o pouco que tinha e o que o pequeno sítio Cana-Brava
produzia, com os necessitados.
Ninguém saia da casa de dona Albertina sem comer ou beber
algo, e ainda levava um pouco e como por milagre, lá nunca faltou o que comer.
Cana-Brava sempre foi abrigo de velhos, doentes, andarilhos, loucos, e também
ponto de parada de comboieiros vindo sertão do Canindé.
Ali todos que chegavam eram alimentados e encontravam abrigo.
Quando Aratuba ainda não dispunha de sistema de saúde, os pobres se socorriam
dela, que conseguia amostra grátis de remédio em Fortaleza e com a sabedoria
divina e muita experiência passava remédios que curava muita gente. Certa vez
um rapaz à procurou com um corte profundo no braço, ela lhe falou que não
poderia fazer nada, pois precisava leva muitos pontos e somente um médico
poderia fazer. O rapaz desesperado disse, então eu vou morrer, não tenho
condição de ir até um médico. Ela vendo o desespero do rapaz, pediu ao jovem
para aguardar, resolveu então aplicar os conhecimentos lidos em um livro. Pegou
um esparadrapo pregou em um dos lados do corte, depois do outro, em seguida
costurou com uma agulha e linha de um esparadrapo para o outro fechado o corte.
Dias depois o jovem retornou com o corte totalmente cicatrizado.
Na sua humildade ela em nada se enaltece, pelo contrário se
lamenta em não ter podido ajudar mais aqueles que tanto precisavam dela. Por
isso e muito mais dessa eterna mãe dos pobre ainda não revelado, podemos dizer
que ALBERTINA LIMA FARIAS representa com muita propriedade as mulheres de
Aratuba.
Informações: Gerson Castelo

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