Hoje a adoração não é mais a Saturno, Dionísio ou
Baco e, sim, ao deus Momo com toda sorte de sensualidade, imoralidades e
bebedeira como na antiguidade. A antiga quadrinha carioca já dizia: "E
viva o Zé Pereira / Pois que ninguém faz mal / Viva a bebedeira / Nos dias de
carnaval". Com o carnaval vieram às máscaras, introduzidas pelos franceses. No Brasil apareceram em 1834, inicialmente
confeccionadas com cera e papelão e hoje é claro, são cheias de requintes e
glamour. Após o carnaval as máscaras e fantasias são deixadas de lado, algumas
para serem usadas no ano seguinte. Mas há uma máscara que não sai – a
hipocrisia daqueles que pregam o que não vivem passando a impressão que são
pessoas preocupadas com o bem estar social e espiritual do mundo. No fim da
festa tiram a máscara visível e continuam com a invisível. E ela ficará ai por
um bom tempo. Em alguns momentos do ano como Páscoa e Natal a máscara é tão
perfeita e se encaixa tão bem que ninguém saberá distinguir a máscara da
pessoa. Em nossos dias há um farisaísmo sem precedentes. Pessoas que falam
contra a prostituição, o adultério, o alcoolismo e a violência o fazem ante os
holofotes da mídia, mas por trás das cortinas, sem as máscaras do espetáculo,
praticam tudo isso e sem nenhum peso de consciência. Conheço uma pessoa
rejeitada por todos nós que era assim. Em público ele fazia discursos de paz,
insistia na conduta correta e era contra palavrões e piadas indecentes; mas em
secreto ele apreciava a pornografia e levou o mundo para a guerra. Seu nome era
Adolfo Hitler. E por que as pessoas agem com tanto fingimento e simulação? Por
uma simples razão: nós seres humanos preocupamo-nos com o que os outros pensam
sobre nós e não com o que Deus sabe de nós. Mas no fim é Deus quem nos julgará
e não as pessoas.
Quantos brasileiros ano passado usaram a máscara de Guy Fawkes,
o justiceiro do filme V de Vingança
em protestos a corrupção no Brasil. Mas todo dia cometemos corrupções desde
mentiras até compras não pagas. O engano tornou-se a regra e a honestidade à
exceção. Usamos máscaras que tentam esconder-nos de nós mesmos, do nosso
próximo e de Deus. Nossas autoridades constituídas, vereadores, prefeitos,
deputados e outros prometem cumprir a Constituição, mas sequer cumprem outros compromissos do dia-a-dia. Os homens que aprovam leis
não cumprem a Lei apesar de discursos eloqüentes a favor dela. Línguas de ouro
e os pés de barro. O escritor Fernando Pessoa olhou sua vida e conclui corajosamente:
“Vivi,
estudei, amei e até cri. E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser
eu... Fiz de mim o que não soube. E o que podia fazer de mim não o fiz. O
dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não
desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara. Estava pegada à cara.”
O carnaval se foi, máscaras e fantasias também, mas a hipocrisia e fingimento daqueles
que não se arrependem do que fazem continua porque a máscara pegou à cara tornando
a vida normal e terrivelmente simulada. E nesse caso tirar a máscara significa
nova vida e somente Cristo faz isso.
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ggalves1@hotmail.com Cel. (085)96638929
Referências
Bibliográficas
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CASCUDO, Luis da Câmara. Dicionário
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